ATIVIDADE FÍSICAS É SAÚDE



Atividades Físicas e Saúde
Nos últimos anos, as pesquisas médicas demonstram que boa parte da falta de saúde é causada pela falta de atividade física. Através da consciência e de mais informações à respeito de cuidados para com a saúde que inclui maior movimentação corporal, as pessoas estão mudando seus hábitos de vida. Sabemos que o único meio de prevenir os males da inatividade é ter algum grau de atividade física e mental, não durante um mês, mas durante toda a vida. Descobrimos que a saúde é, na maioria das vezes, um fator que podemos controlar e que podemos prevenir o surgimento de algumas doenças. Quando nascemos recebemos um corpo saudável e temos o dever de cuidar e zelar por este que é nosso abrigo.
Verifique, a seguir, algumas vantagens que a atividade física proporciona:
  •  As pessoas ativas tem vida mais intensa, apresentam mais vigor, resistem mais as doenças e permanecem em forma. São mais autoconfiantes, menos deprimidas e estressadas.
  • Uma pessoa ativa, tem tendência a ter o seu peso dentro da faixa normal e mantê-lo com mais facilidade e por mais tempo do que a sedentária.
  • O ativo apresenta pressão arterial e frequência cardíaca mais baixa do que o sedentário tanto em repouso quanto em atividade, desta forma, o ativo suporta por mais tempo o exercício enquanto o sedentário tem certas limitações cardiovasculares.
  • A pessoa ativa tem maior VO2 (volume de oxigênio pulmonar) e suporta atividades de longa duração com mais facilidade. 
  • A atividade física melhora a postura e ajuda a combater maus hábitos como o fumo entre outros. Na ausência de exercícios físicos diários, nossos corpos tornam-se depósitos de tensões acumuladas e, sem canais naturais de saída para essas tensões, nossos músculos tornam-se fracos e tensos. O ideal é praticar atividade física durante toda vida, mas, independentemente disto, podemos recuperar uma existência mais saudável e gratificante em qualquer idade.
Para vocês que desejam começar a se movimentar, é de primordial importância que façam antes um "check up" das condições cardíacas entre outros testes que comprovarão o seu nível de condicionamento físico (já disponíveis nas boas academias). A partir daí, procure orientação médica juntamente com um profissional da área de Educação Física para assim, iniciar as atividades. Podemos saber que fazer exercícios físicos com regularidade faz bem, mas esse conhecimento não é suficiente. O importante é FAZER, pois de que serve um conhecimento que não é aproveitado.

Benefícios da atividade física

  • Praticar atividade física faz bem ao corpo e a mente. Confira os benefícios gerais da atividade física e os benefícios da atividade física na adolescência, na terceira idade e durante a gravidez.

Benefícios gerais da atividade física

Os benefícios gerais da atividade física são:
Emagrecer, combatendo a obesidade;
Melhorar a circulação sanguínea;
Aumenta o metabolismo;
Fortalecer o sistema imune;
Diminuir os riscos de doenças cardíacas;
Aumentar a resistência dos ossos, prevenindo a osteoporose;
Melhorar a coordenação dos movimentos e do equilíbrio;
Aumentar a boa disposição e o bom humor;
Diminuir o estresse, risco de ansiedade e depressão;
Promover uma maior interação social;
Melhorar a imagem corporal e a autoestima e
Melhorar a capacidade de aprendizagem.

Benefícios da atividade física na adolescência

Além de todos estes benefícios acima citados, outros benefícios da atividade física na adolescência são:
Combater o excesso de peso;
Melhorar a autoestima;
Diminuir a depressão;
Melhorar o desempenho escolar;
Diminuir o estresse e o cansaço;
Melhorar a postura;
Melhorar a aparência da pele.
Se o adolescente gozar de boa saúde física e mental ele poderá realizar qualquer atividade física, à livre escolha, pois nesta faixa etária têm-se mais força, boa disposição e o risco de doenças é muito reduzido.

Benefícios da atividade física na terceira idade

Os benefícios da atividade física na terceira incluem:
Melhora do equilíbrio, diminuindo o risco de quedas e consequentemente de ossos quebrados;
Diminui a perda de massa óssea, tornando os ossos mais fortes;
Diminui a pressão arterial;
Melhora a digestão dos alimentos;
Melhora a Diabetes, por aumentar a resistência à insulina;
Melhora o andar, devido ao fortalecimento dos músculos e aumento da flexibilidade;
Diminui a depressão, devido à interação social e liberação das endorfinas;
Melhora a autoestima;
Diminui as varizes e as doenças cardiovasculares;
Melhora a capacidade de reflexos;
Melhora a postura corporal;
Melhora a respiração e a circulação sanguínea;
Diminui o risco de infecções respiratórias;
Aumenta a capacidade respiratória;
Diminui o inchaço das pernas;
Diminui a dor nas costas.
Mas para conseguir alcançar todos estes benefícios o indivíduo deve realizar a atividade física que mais gosta, no mínimo 3 vezes por semana, sempre acompanhado de um educador físico e sob orientação médica.

Benefícios da atividade física na gravidez

Os benefícios da atividade física na gravidez são:
Melhorar a capacidade respiratória, diminuindo a falta de ar;
Diminuir o inchaço das pernas e pés;
Melhorar a capacidade cardíaca, facilitando o trabalho de parto e a sua recuperação;
Combater o excesso de peso;
Melhorar a flexibilidade;
Aumentar a força muscular;
Diminuir a pressão arterial;
Diminuir o colesterol alto;
Diminuir a dor nas costas;
Baixar os níveis de glicose no sangue;
Aumentar a circulação sanguínea de modo benéfico para o bebê que recebe mais oxigênio.
As atividades físicas mais indicadas para a gravidez são caminhada, hidroginástica, natação leve e alongamentos, pois são exercícios de baixo impacto, que não irão prejudicar o bebê em nada. O melhor horário para praticar a atividade física é pela manhã, pois assim o metabolismo fica mais acelerado e fica mais fácil emagrecer e tem-se mais disposição para enfrentar o dia a dia. Mas para conseguir alcançar todos os benefícios da atividade física é preciso praticar os exercícios com regularidade.
EXERCÍCIO NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A inatividade é uma característica das sociedades modernas, em que o progresso e a tecnologia afastaram a necessidade da atividade física, antes fundamental para a sobrevivência do ser humano.  A associação entre o sedentarismo e a ocorrência de doenças cardiovasculares já foi estabelecida há quase 5 décadas, tendo sido demonstrada uma clara relação de dose e efeito entre a prática de atividades físicas e a ocorrência de eventos coronarianos fatais e não fatais (p. ex.: infarto do miocárdio, angina do peito, morte súbita, etc.). O tipo de atividade física parece ter pouca relevância na obtenção desse efeito, importando mais o gasto calórico desprendido.
Á medida que aumenta o gasto calórico diminui progressivamente o risco de um problema cardiovascular. Um gasto calórico superior a 2000 kcal por semana através de exercícios parece não adicionar nenhum benefício na prevenção de coronariopatias. A proteção do exercício se manifesta somente naqueles que estão se exercitando regularmente.  O fato de o indivíduo ter sido um grande atleta no passado não confere proteção caso ele tenha voltado a ser sedentário. Ou seja, "exercício não é vacina", que é feita uma vez na vida e a proteção dura para sempre. A chave é manter-se sempre em atividade. As razões exatas para o efeito protetor do exercício regular não são ainda totalmente compreendidas, mas, com certeza, o efeito sobre alguns dos fatores de risco tradicionais é parte importante dessa proteção.
Fatores de Risco para Doença Cardiovascular
Os fatores de risco para doença cardiovascular são os principais responsáveis pelo desenvolvimento das placas de aterosclerose, que entopem as artérias. Dentre os fatores de risco tradicionais, o exercício regular é capaz de influenciar positivamente o perfil lipídico, a obesidade, a resistência à insulina e a hipertensão arterial.  Em relação ao perfil lipídico, ele promove o aumento das lipoproteínas de alta densidade, consideradas como sendo o "bom colesterol" (HDL - colesterol), que é capaz de retirar a gordura que se deposita no interior das artérias, gerando as placas de aterosclerose. Ele diminui os níveis de triglicerídeos e o efeito deletério das lipoproteínas de baixa densidade, também chamadas de "mau colesterol" (LDL colesterol), responsáveis pelo depósito de gordura dentro das artérias.
Parte do efeito obtido pelo exercício passa pelo controle da obesidade. Os indivíduos que aderem a um programa de exercícios, além de gastarem mais calorias, eles demonstram maior capacidade em seguir uma dieta alimentar, facilitando a perda de peso. Nos adultos, o desenvolvimento de Diabete Melito ocorre pela resistência ao efeito da insulina e não pela falta dela. A insulina disponível, em quantidade suficiente, não consegue fazer com que a glicose (açúcar) penetre nas células e possa ser metabolizada.
O exercício diminui essa resistência à ação da insulina, facilitando a entrada da glicose na célula e retardando o aparecimento do quadro de Diabete Melito. Nos indivíduos que apresentam aumento sustentado da pressão arterial e começam a exercitar-se, observa-se discreta redução dos níveis pressóricos, que, em alguns casos, permite a redução, ou mesmo a suspensão da medicação anti-hipertensiva.
Arritmias Cardíacas
A ocorrência de descompassos no ritmo cardíaco, conhecidos como arritmias cardíacas, podem ser, tanto destituídos de qualquer significado clínico, como, em casos especiais, podem representar uma ameaça à vida. Um dos fatores responsáveis pela ocorrência dessas arritmias é a liberação de grandes quantidades de adrenalina durante momentos de grande tensão emocional ou durante exercício físico intenso e abrupto.  O treinamento físico diminui a quantidade de adrenalina que é liberada durante situações críticas, reduzindo o impacto sobre o coração. Um sedentário tem 100 vezes mais risco de ter uma parada cardíaca durante um exercício intenso e abrupto, ao qual ele não esteja habituado. Já um indivíduo bem condicionado fisicamente apresenta um risco apenas 2,5 vezes maior.

Exercícios e doenças respiratórias

A prática de exercícios físicos pode melhorar a qualidade de vida das pessoas que têm problemas respiratórios. Muitas vezes, quem sofre com doenças crônicas como bronquite, asma, rinite ou qualquer outro tipo de inflamação nas vias respiratórias, tem limitações fisiológicas e acaba se afastando das atividades físicas, o que é um erro, quando o corpo de uma pessoa que tem doenças pulmonares crônicas se acostuma com a carga de exercício, ele passa a utilizar melhor o oxigênio, a respirar com mais facilidade devido ao fortalecimento dos músculos responsáveis pela respiração. Além disso, mexer o corpo ainda aumenta a circulação do sangue, fortalece o coração e diminui a pressão sanguínea. 

Cuidados antecipados

Todas as pessoas que querem começar a fazer uma atividade física devem procurar um especialista para fazer uma avaliação médica. "Esse procedimento potencializa o treino, já que o tipo específico de exercício é escolhido para cada indivíduo, levando em conta todas as suas limitações", Para quem tem problemas respiratórios, é importante tomar algumas precauções com o objetivo de evitar desconfortos ou acidentes: não fazer exercícios sozinhos em áreas isoladas como trilhas e parques florestais, não exercitar-se fora de casa quando o a temperatura está muito elevada ou quando o clima está muito seco e não aumentar a carga do exercício sem antes consultar o preparador físico.  

Preparação para o treino

Saber escolher o esporte certo é essencial, mas fazer uma preparação especial para pessoas com doenças respiratórias antes de cada treino vai garantir um melhor desempenho durante o exercício. “Sem um aquecimento adequado e um alongamento bem feito, o corpo pode ter uma reação imediata de rejeição ao exercício, causando lesões e dificuldades”. Essa preparação é ainda mais bem-vinda para pessoas com problemas respiratórios. Esse é um cuidado que normalmente passa despercebido.  
Há dois exercícios especiais para as pessoas com dificuldades respiratórias que podem ser feitos juntamente com o aquecimento específico para cada modalidade. Experimente relaxar o pescoço e os músculos dos ombros e depois inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Outro modo de preparar os músculos da respiração para o exercício é deitar com as costas no chão, flexionar as pernas, colocar uma mão na barriga e outra em cima da caixa torácica e depois inspirar profundamente. Para o exercício fazer efeito, a barriga deve se levantar, mas o peitoral deve continuar parado. Esses exercícios devem ser executados em cinco a dez minutos. 

Exercícios mais indicados

A natação é uma das alternativas mais indicadas por médicos para ajudar na recuperação ou para o tratamento de problemas pulmonares crônicos. "Os exercícios realizados na piscina ajudam a aumentar a entrada de ar nas vias respiratórias por causa da maior umidade relativa do ar. Além disso, a água funciona como um vasodilatador, que facilita a circulação sanguínea e o trabalho do coração".  Outro benefício é a atividade aeróbica exigida durante o treino de natação. Esse tipo de exercício aumenta a resistência do coração e do pulmão por trabalhar os músculos respiratórios como o diafragma e os músculos intercostais. A caminhada ou corrida leve também são muito indicadas pelos médicos para quem sofre com problemas respiratórios. "É um exercício muito fácil de adaptar para cada situação, e é muito eficiente no controle da obesidade, colesterol, diabetes e da hipertensão".
Além disso, caminhar ou correr são exercícios que beneficiam o condicionamento físico "Muitas das pessoas com complicações respiratórias que incluem uma caminhada no dia a dia, passam a ter mais facilidade em praticar esportes do que pessoas sadias que não tem o hábito de caminhar ou correr".
 
  • Hora de parar Durante o treino, sintomas como dores no peito, enjoo, fraqueza e queda brusca de pressão são sinais de que a pessoa deve parar imediatamente, esses problemas na maioria das vezes ocorrem por falta de acompanhamento de um profissional. "As pessoas com problemas respiratórios só devem praticar aqueles exercícios indicados por seu pneumologista ou por seu treinador. Esses profissionais sabem qual é o limite fisiológico de cada um". 
Exercícios e alterações metabólicas
Efeitos metabólicos e modificações hormonais decorrentes do exercício físico
    O exercício físico ocasiona diversos efeitos fisiológicos que podem ser classificados como agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os efeitos agudos são aqueles que ocorrem em associação direta com a sessão de exercício, sendo subdivididos em imediatos, quando ocorrem imediatamente após a sessão, ou tardios, quando ocorrem nas 24 a 72 horas após o exercício. Já os efeitos crônicos, ou adaptações, são os resultantes da exposição frequente e regular às sessões de exercício.
Exercício físico e obesidade
    A prevalência de sobrepeso e obesidade tem aumentado nos últimos anos, caracterizando um problema de saúde pública. Inúmeros pesquisadores têm dedicado seus estudos à explicação dos fatores que causam ou que estão associados a esta doença. No entanto, evidências recentes têm atribuído à inatividade física uma das principais causas da obesidade na sociedade moderna.     Os mecanismos que atribuem ao exercício físico um importante fator na prevenção e tratamento da obesidade são a elevação da taxa metabólica de repouso (TMR) (23), alterações nos níveis das catecolaminas e estimulação da síntese proteica. Os efeitos na TMR são dependentes do tipo de exercício, duração e intensidade, podendo durar de 3 a 72 horas (7).
Algumas alterações metabólicas que ocorrem:
   – aumento da taxa de produção de energia pelo metabolismo aeróbio (utilização de oxigênio) e metabolismo anaeróbio (sem utilização do oxigênio);
– aumento do controle metabólico (ex: aumento da taxa de produção de energia frente à sua taxa de utilização);
– aumento da economia de corrida (menor utilização de energia para uma intensidade que anteriormente apresentava um maior consumo = maior eficiência de movimento e economia de utilização energética);
– aumento da resistência muscular mediante a fadiga durante o exercício (maior tolerância ao acúmulo de ácido lático no músculo);
– aumento celular do número de organelas (estruturas internas da célula com funções específicas, ex: mitocôndrias) e enzimas (proteínas que possuem papel importante nas reações químicas celulares) responsáveis pelos mecanismos de produção de energia; pós musculares.